Qual é a diferença entre lixão e aterro sanitário?

Muita gente ainda confunde o que é um lixão e o que é um aterro sanitário. Ambos recebem lixo, mas a forma como fazem isso muda tudo, principalmente quando falamos de saúde pública, meio ambiente e qualidade de vida. Entender essa diferença é essencial para compreender por que os aterros são fundamentais para o futuro das cidades.

Lixão: o jeito errado de descartar o lixo

O lixão é o método mais antigo e inadequado de destinação de resíduos. Nele, o lixo é simplesmente despejado no solo, sem nenhum tipo de preparo, tratamento ou controle. Isso significa que todo o material orgânico e químico se mistura diretamente à terra, produzindo chorume, um líquido escuro e tóxico que infiltra no solo e contamina lençóis freáticos, rios e nascentes.

Além disso, os lixões atraem moscas, ratos, urubus e outros vetores de doenças, colocando em risco a saúde das comunidades próximas. O mau cheiro, a fumaça das queimadas e a poluição visual tornam o ambiente insalubre e degradado.


Mesmo proibidos por lei desde 2010 pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, ainda existem muitos lixões ativos no Brasil, resultado da falta de estrutura e investimentos adequados em gestão ambiental. Eles representam não apenas um problema ambiental, mas também social, pois colocam em risco o bem-estar de quem vive nas proximidades.

“Durante décadas, o país conviveu com o descarte inadequado dos resíduos. O lixão é o retrato de um modelo ultrapassado, que compromete o solo, a água e a saúde das pessoas”, comenta Winsber Wasques, diretor de operações da Norte Ambiental.

Aterro sanitário: o sistema que protege o meio ambiente

Diferente do lixão, o aterro sanitário é uma solução moderna e segura, planejada para proteger o meio ambiente e as pessoas. Trata-se de uma obra de engenharia ambiental com solo impermeabilizado, drenagem do chorume e captação dos gases gerados pela decomposição do lixo. Tudo é monitorado de forma técnica e constante.

Cada camada de resíduos é coberta com terra, evitando o mau cheiro e impedindo o acesso de animais e insetos. O chorume é coletado e tratado, e os gases são direcionados para sistemas de queima ou reaproveitamento energético. Assim, o aterro transforma um problema, o lixo urbano, em uma operação controlada e sustentável.

“O aterro sanitário é uma estrutura complexa, que une engenharia, controle ambiental e gestão operacional. Cada etapa é planejada para garantir que o descarte seja feito com segurança e sem risco para o meio ambiente”, explica Winsber Wasques.

Além de reduzir impactos ambientais, os aterros geram empregos e contribuem para o desenvolvimento local. São símbolo de avanço, responsabilidade e cuidado com o futuro. Por isso, a implantação de aterros sanitários representa um passo importante para qualquer cidade que deseja crescer com consciência ambiental e qualidade de vida.


Um novo ciclo para o meio ambiente

Encerrar os lixões e investir em aterros sanitários é um passo essencial para o desenvolvimento das cidades.
Vai muito além de avanço técnico, é uma mudança de postura diante do meio ambiente. Significa entender que o lixo não desaparece, ele precisa ser tratado com responsabilidade, planejamento e respeito às pessoas e à natureza.

Quando o destino do lixo é cuidado com seriedade, toda a comunidade ganha: o solo é preservado, a água permanece limpa e novas oportunidades de trabalho surgem. É assim que o desenvolvimento sustentável começa, com pequenas decisões que protegem o presente e constroem um futuro mais limpo e seguro.

Compartilhe

Mais notícias

Envie-nos uma mensagem